“the fact that we live at the bottom of a deep gravity well,
on the surface of a gas covered planet
going around a nuclear fireball 90 million miles away
and think this to be normal is
obviously some indication of how skewed
our perspective tends to be.”
Adams, D.
pensamos ter todas as respostas, saber tudo o que é necessário, correto e aconselhável. somos intolerantes ao erro e ficamos pela primeira imagem (que captamos por entre as fendas estreitas do muro), mesmo que ela seja produto de uma situação artificial e fabricada, que nunca poderia traduzir o todo ou a essência (como se a essência fosse tangível, descritível ou quantificável). com a desculpa de uma vida ocupada por tudo e por tão pouco, desaparecemos... deixamos a liberdade para o acaso, o amor para depois, a entrega para a morte. perecemos consumidos pelo peso da nossa própria gravidade, estamos de passagem mas não deixamos pegadas, apenas uma pesada tristeza de quem não tem coragem de ir mais além, de ver mais além e de sentir o que de verdadeiro o outro tem para oferecer. não aprendemos com o caminho nem tão pouco respeitamos o viajante.
