perco-me em frames e memórias outrora doces, agora ácidas e pútridas. nulidades de si próprias esvaziadas de conteúdo sem razão. perdi a alma, o alento e estou de luto. congelo sem saber como proceder. Sou o nada, o vazio e a ausência. revelo a contradição de toda a existência, não sigo regras nem compreendo premissas. Sou uma antítese e uma metáfora. perdi o sono e a fome e tenho uma vontade irresistível de me perder... de esquecer, de desaparecer... evaporar, mudar... sei lá... algo que não me lembre do meu Ser e o meu Querer.
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" Tenho sono, não durmo, sinto e não sei em que sentir.
Sou uma sensação sem pessoa correspondente,
Uma abstração de autoconsciência sem de quê,
Salvo o necessário para sentir consciência,
Salvo – sei lá salvo o quê... "
Insónia - Álvaro de Campos (Pessoa)