sou agrimensora do tempo, do pouco que tive, do fugaz que ainda me resta. divido meticulosamente cada parcela da minha vida, tentando restituir o limite de todas as propriedades do meu ser. e, após cada inundação recomeço, palmo a palmo, com esquemas geométricos difusos, que se interligam, cruzam e se fundem numa rede de sentimentos entrelaçados, emoções inefáveis, memórias inebriantes na esperança de encontrar o caminho, em busca de terreno fértil e do entendimento de todo o universo que gira incessantemente na minha mente até aos confins do que outrora foi o meu coração.