[don't listen to me, i'm just a voice inside your head]


de certo modo, todos ouvimos vozes, temos algo em nós que nos indica o que é incorrecto, o que é menos mal, a escolha certa e qual o melhor caminho a percorrer. todos temos um sentido de moral (à excepção dos psicopatas e dos mentecaptos), sendo que este é moldado por todo um conjunto de formas trabalhadas ao longo de séculos e que se vão alterando com mais ou menos intensidade no decorrer da história. mas a verdade (e ainda bem) é que estes padrões são muito distintos de individuo para individuo, o que trás a beleza da diferença mas o peso a incompreensão e inflexibilidade. se quando estes confrontos de padrões acontecem a comunicação é escassa, o resultado é o pior possível. só mentes abertas, pacificas e com capacidade de compreensão e vontade de diálogo poderão minimizar estas lutas milenares.

a verdade é que para mudarmos e sairmos da caixa (outside the box) temos que conhecer a caixa em detalhe, todas as arestas e vértices, temos que caber dentro dela, desdobrá-la e desconstruí-la, caso contrário apenas estamos a por a caixa numa posição diferente ou a mudar-lhe a tonalidade.

contudo, nem sempre saímos da caixa da maneira mais correcta. e quando saímos da caixa deveremos ter cuidado em não destruí-la pois poderemos mais tarde querer voltar para lá. não deveremos menosprezar o poder das caixas e caixinhas, nem devemos ficar petrificados perante o encanto das mesmas. devemos ser proactivos e cuidadosos e ter em mente que errar é humano, e como humanos, podemos errar.

"No, no, you're not thinking; you're just being logical."
[Niels Bohr]