[o ensaio]
Nota: Algumas das considerações não estão totalmente correctas, pelo que peço algum espírito critico por parte do leitor. Todavia, pretendo demonstrar o meu entendimento sobre o tema bem como a minha interpretação de algumas correntes artísticas e filosóficas. Na verdade, não considero a tecnologia como um fim, creio sim que é um meio para atingir a verdadeira sustentabilidade através da qual o homem poderá finalmente coabitar em harmonia com a natureza, deixando de ser o vírus e parasita que consome desenfreadamente recursos.
Na música electrónica encontro o verdadeiro espírito de toda uma geração que irá proporcionar a mudança, considerando-a como uma das manifestações artísticas mais belas do século precedente.
Este texto pretende reflectir a relação do homem com a tecnologia tendo como referência a cibercultura e o movimento artístico contemporâneo da música electrónica, com particular incidência no techno. O entendimento do "Zeitgeist contemporâneo"[i], desta rede orgânica de tecnologia, nanotecnologia, inteligência artificial, deste hermetismo tecnocrático, mas também de todo o hediondismo e paganismo tecnológico, é essencial para compreender e lidar com todas as transformações e mudanças que acontecem a nível indivídual, social e global.
Da relação entre a tecnologia e a modernidade surge a cibercultura, que não pode, ou não deve de ser entendida como uma subcultura ou movimento cultural, mas sim uma nova forma de cultura, uma nova postura perante o desenvolvimento da humanidade que não se prende apenas com questões técnicas, mas na simbiose sociológica e alterações antropológicas que a mesma produz. De facto, desde os finais da década de 60, com o advento da pós-modernidade[ii], com a proliferação massiva da tecnologia pelas massas, as mudanças ao nível social e indivídual atingiram proporções e dinâmicas nunca antes registradas, contudo, é necessário sublinhar que o artificialismo sempre dominou a natureza humana. Nomeadamente, o alfabeto, a comunicação oral e escrita e todas as ferramentas e instrumentos de manipulação de objectos. A cibercultura surge como prolongamento e não como um rompimento com estas "correntes" anteriores. Segundo Lipovetsky[iii] a pós-modernidade é consumista, vive para o prazer, para a satisfação imediata, o carpe diem e o culto ao presente (presenteísmo) e igualmente algum niilismo[iv], uma vez que o tempo e o espaço sofrem precepções diferente, como que se auto anulam. Lipovetsky fala também da hipomodernidade[v], fruto da revolução tecnológica e da globalização que é marcada pela rentabilidade, flexibilidade e eficiência individual e em grupos. Desta forma, poderemos afirmar que é no século XIX que todo este entendimento cultural se inicia, com todas as formas de comunicação e media, o telefone, o rádio, tendo o seu auge no século XX com as "Novas Tecnologias" (NTC).
As tecnologias de massa como a televisão, a rádio ou o cinema tinham um caractér difusico e unidireccional. Com o desenvolvimento tecnológico informático e interactivo a comunicação passou a ser bidireccinal e mais centrada no indivíduo. Por um lado, este, o indivíduo, fica estímulado pelo fluxo da informação e partilha de conhecimento, por outro, a transferência e fragmentação excessiva da informação tornam o indivíduo mais passivo, alienado sem reacção num "feudalismo tecnológico" como refere Baudrillard[vi]. Este filósofo defende também uma postura mais pessimista e autodestrutiva da sociedade contemporânea, uma vez que não tem bases para suportar este crescimento e progresso inesgotável.
As novas tecnologias permitem a partilha de informação em tempo real, bidireccional e personalizada, promovem o individualismo, este facto, implica não só alterações no modo de conceber informação, mas também no modo de as difundir e transmitir.
A percepção que o indivíduo tem sobre si e o mundo fazem emergir novas formas de sociabilidade, como por exemplo, comunidades virtuais, cyberpunks[vii], culturas underground e música electrónica. Todas elas com um carácter de crítica perante a vida quotidiana imposta, manipulada e controlada.
Não é difícil de perceber que se está perante tempos de mudança.[viii] Com alterações sociais repentinas. Tal facto, deveria reflectir-se também nos sistemas de ensino académicos, os principais motores de desenvolvimento cultural. Existe um sentido mais crítico/activo no que respeita ao modo como são interpretados os conceitos e verdades instituídas, e todos os moldes a que a que o ser humano está sujeito, na busca de modelos que não se encaixam na conjuntura vivênciada. O acesso e especialmente a partilha de informação, as alterações no modo como o homem se comporta são um desafio a todos estes sistemas e modelos tradicionais. A discussão entre o que é e não é cultura poderá ter múltipas interpretações. Sub-cultura e Cultura Underground são termos que surgem com algum miticismo, secretismo e obscurantismo.
O facto de se estar constantemente a comunicar, a representação permanente do Eu, torna o processo mais pessoal, quase que narcisista, o que teve implicações no estilo, na maneira como que o Eu virtual e o Eu comunicativo se apresentam perante os outros, a comunidade e o mundo. Desta forma, a subcultura é extremamente simbólica e cheia de fetichismo, como o modo de vestir, a dança, a música e tantos outros objectos de desejo. Neste contexto surge a a cultura Punk, que significa caos a todos os níveis. Paul Williams[ix], compara-os aos hippies, no sentido da associação em grupo, do tribalismo e da procura de novas sensações. O estilo Punk na forma de expressão exterior, como estilo, pretendia causar contraste, chocar, causar barulho e aproveitar as sobras do urbanismo.
O movimento Punk surge na década de 70 na Inglaterra sob lema "do it yourself", uma atitude anticonsumista, uma posição contra a aquisição de bens materiais para produção, em particular, de produtos musicais. Actuavam, viviam e cohabitavam em sítios abandonados e vandalizados, fazendo experimentações ao invés dos tradicionais eventos em conceituadas avenidas e salas de espectáculo. Uma vida de sobrevivência. Realidade, com algum paralelismo actual em que as camadas activas dispõem de um conjunto de ferramentas que lhes permitem sobreviver no sistema.
Os movimentos mais actuais como os Cyberpunks têm génese neste tipo de filosofia Punk, anticonformista, desligada da realidade, contudo, não rejeitam a tecnologia, muito pelo contrário, fundem-se na mesma.
Para a sociedade pós-moderna a tecnologia é encarada como algo de lúdico, dionisíaco, agregador, comunitário, muito competitivo e de algum modo violento. O objectivo da cibercultura é mostrar os dois lados da tecnologia, o mal que pode trazer e todas as potencialidades que daí poderão advir, ou seja, não só os impactos tecnológicos, mas os impactos sociais que o poder e controlo tecnocrático podem trazer, e a relação intimista entre o homem e as novas tecnologias.
O ciberespaço[x] cria um ambiente intangível interligado por serviços e interfaces que unem os utilizadores, criando um mundo virtual místico e com uma orgânica própria. William Gibson[xi] define o ciberespaço como "uma alucinação consensual vivida quotidianamente por dezenas de milhares de operadores em todos os países... Uma representação gráfica de dados extraídos das memórias de todos os computadores do sistema humano. Uma complexidade impensável. Traços de luz dispostos no não-espaço do espírito..."
Ciberespaço irá funcionar como limite e potência de uma estrutura social, num mundo cheio de objectos técnicos, sendo que, será nestes artefactos técnicos que a vida social irá manifestar o seu vitalismo. As diversas manifestações da cibercultura podem ser encaradas como expressão da vida quotidiana que se revolta e manifesta contra formas instituídas e cristalizadas.
Apesar de um marcante individualismo, a relação um-para-todos e todos-para-todos também será estímulo e alvo de agregações, formando as tribos modernas, racionais e contratuais.
Maffesoli[xii] fala da persona, que tem um papel efémero, hedonista e único. Esta persona tem necessidade de agregação, de se construir, reinventar e se descobrir com o outro e os outros. Desta forma, actualmente encontra-se diversos tipos de tribalismo, religiosos, desportivos, paganistas, musicais, tecnológicos, racistas, mais ou menos extremistas, intolerantes ou mesmo criminosos. O tribalismo também manifesta a vontade de estar junto, de compartilhar emoções em comum e em conjunto. Maffesoli refere também a cultura do sentimento, das relações tácteis e empatias de grupo a partir de uma moral e pensamento moralizante. O ciberespaço e as redes potencializam e proporcionam esta tendência gregária, de partilha e socialização. O ciberespaço apresenta-se como uma rede social complexa que extravasa a tecnologia.
Antes de uma avaliação estética da música electrónica é necessário avaliar e ter em conta o uso de efeitos e a manipulação dos mesmos no séc. XX. Começou-se também a estudar o efeito do som ao nível comportamental e emocional, fizeram-se diversas experiências e estudos no que concerne ao uso de vibrações infra-sônicas e ultra-sônicas. Sons urbanos betônicos, sons das máquinas e das fábricas, explosões, ruídos, sons da natureza e música. Concluíu-se que o som é por um lado, fonte de stress, dor e doença (doenças relativas à audição), por outro, fonte de calma e cura, como exemplifica a músico-terapia. Desde sempre existiu uma transformação e interpretação do som em música, música como origem da verdadeira arte e sabedoria como afirma Nietzsche[xiii], e esta forma de manifestação artística, a música, vai ter um papel de destaque na vida moderna. Os computadores vieram expandir os limites da produção de som, que exploram as fronteiras da capacidade e limite do ouvido humano, dos sons que o mesmo consegue decifrar, captar e o modo como o cérebro os processa e percepciona. As diversas interpretações que a cavidade auditiva têm relativamente ao som e às vibrações sonoras permanece um mistério.
No que concerne à reprodução do som em si, a música electrónica não padece das interrupções características e inevitáveis da produção da música tradicional, como por exemplo, a respiração ou o cansaço. Uma produção electrónica permite continuídade, produção e execução sem paragens (non-stop). A música produzida digitalmente tem por bases samplers que se misturam e manipulam criando as mais variadas possibilidades de combinações. Contudo, a repetição excessiva destes estilos musicais poderão torná-los entediantes, vazios de conteúdo. O compositor tem à disposição um conjunto vasto de material. Embebendo-se de todos os símbolos, ícones e ideias do quotidiano moderno, futurista e abstracto.
A melhoria das condições de reprodução do som em si também vieram potenciar o crescimento da música electrónica, que é mais sentida em ambientes sonoros envolventes, ou seja, ambientes controlados com elevada qualidade de emissão, em termos de fidelidade e amplificação.
A música electrónica apela às emoções, à expressão corporal. Os ravers podem ser entendidos como o culminar de toda a cibercultura, a sua manifestação mais extasiante. Através das batidas tecnológicas misturam o hedonismo do corpo e o espírito da alma, numa mistura entre a tecnologia e o primitivo. O uso de drogas é muito comum uma vez que o caractér ilegal e o esforço que este tipo de música impõe (uma rave pode durar dias) torna convidativo atitudes e comportamentos mais perigosos e mundanos. Desta forma, o contexto visual, é também muito importante, aliando-se frequentemente à multimédia, em particular à video arte e ao video-jamming. Na sua génese o video-jamming tem igualmente a combinação de samples, fragmentos de imagens, também eles repletos dos simbolismos da época pós-moderna.
A música moderna e pós-moderna é fruto de todo com um conjunto de experiências, vanguardas e técnicas, desta forma, poderá entender-se como um dos períodos mais interessantes na música do ponto de vista histórico. Como corrente musical os compositores buscam influências de todo o tipo de tendências e estilos.
Curiosamente, na música electrónica encontra-se muitos paralelismos na forma de construção das melodias, como por exemplo da música clássica, no que concerne à combinação de diversos timbres e tonalidades, para a criação de um som profundo, cheio e rico sonoramente, que varia de tons melódicos, tendo momentos de extâse e calma. Concretamente, poderá-se apresentar o trabalho de Jeff Mills[xiv] e Montepellier Philharmonic Orchestra, um trabalho contemporâneo de 2006 no qual os temas electrónicos deste DJ de techno são interpretados e misturados por uma orquestra para gravar o álbum Blue Potencial, numa união de géneros tão distintos. Na qual se denota que o Dj faz parte da própria orquestra recebendo indicações do maestro[xv]. Em alguns estilos como a house music, a mistura de sons digitais com sons acústicos é muito comum, sons de pianos, violinos, saxofones, etc... A mistura entre o acústico e o digital provoca largas discussões estéticas, todavia, a complementaridade e cumplicidade entre ambos é cada vez maior. Como se processará a evolução da música continua um mistério, tal como, a evolução da mesma em termos de cultura, supercultura e subcultura.
Em conclusão, dance culture e underground music é um objecto cultural que encapsula em si complexos e diversos estilos, influências, modas e tendências da arte e do pensamento do homem pós-moderno perante a música electrónica. A manipulação do som exponenciada ao infinito, aliada à manipulação inesgotável da imagem, do vídeo e dos jogos de luzes, foram o escape perfeito para os devaneios de toda uma geração jovem encantada e sufucada pelo estilo de vida marcadamente tecnológico. As 'raves' nascidas nos finais das décadas de 80 do séc. XX, nos armazéns abandonados de Detroit e Londres, tiveram um carácter ilegal e dúbio mas marcaram de forma decisiva e contundente a entrada de manifestações suburbanas no domínio da arte e da cultura e rapidamente alastraram-se a nível mundial, tornando-se num negócio que movimenta milhões e mobiliza multidões. As 'raves' eram por génese uma manifestação contra o sistema: dançar perante as situações adversas, tempos de crise, indo além do limite físico e mental e durante um período de tempo abusivo, contraproducente. Uma nítida impregnação da cultura dionisíaca embebida em luzes, fumos e batidas.
Criada por engenheiros e tecnólogos maravilhados pelas combinações sonoras das máquinas, aparelhos e sintetizadores (mas sem terem noção do que realmente estavam a criar) o Techno afirma-se numa simbiose única que culmina e mescla diferentes influências musicais, com o mundo suburbano,a cultura de rua, as máquinas e a tecnologia e toda a cibercultura em sons programados e criados à milésima de segundo para serem bem interpretados pelo ouvido humano. Música em estado bruto e sem ruído humano à excepção do ruído e dissonâncias criadas propositadamente e que engordam e preenchem a onda sonora modulada de impulsos eléctricos. Este veneno sonoro de frequências repetitivas sintetiza a alma e masteriza as emoções proporcionando novas sensações, interpretações e discussões da relação do homem, com a tecnologia e com a arte.
High Tech Soul mas não é do que a absorção de todas estas influências que a cultura pós-moderna e a cultura underground nos proporcionam embebidas nas batidas psicadélicas e mágicas que nos permitem atingir estados de espirito únicos onde a tecnologia é a matriz para toda a produção cultural. O Techno encarna na perfeição toda esta fusão de música tecnológica no seu estado mais puro, mais verdadeiro, que poderá ter perdido muito do seu lado seráfico mas que influênciou e influência a criação de novos estilos musicais que servem de catarse a um estilo de vida com um ritmo que desafia o limite, uma força que nos leva mais além. Como diria Richie Hawtin[xvi] "electronic music and techno music is music that is created by a force that it is supose to move foward", num sentido pró-activo, na busca de um mundo onde a tecnologia e o homem se conectam, associam e fundem num novo ser, um cyberser, um simio tecnológico.
[i] Referência ao livro Cibercultura, Tecnologia e vida social na cultura contemporânea, Lemos, André. Editora Sulina
[ii] Mário Pedrosa foi um dos primeiros a utilizar o termo Pós modernidade em 1964 - "A esse novo ciclo de vocação antiarte chamaria de arte pós-moderna." in wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3s-modernidade)
[iii] Gilles Lipovetsky filósofo francês que defende que a cultura caminha num sentido individualista, tecnológico e comercial
[iv] (...) já nenhuma ideologia política é capaz de inflamar as multidões, a sociedade pós-moderna já não tem ídolos nem tabus, já não possui qualquer imagem gloriosa de si própria ou projecto histórico mobilizador; doravante é o vazio que nos governa, um vazio sem trágico nem apocalipse.- Gilles Lipovetsky, A Era do Vazio, p.11
[v] Termo usado também por Gilles que traduz a cultura do excesso, "temos muito de tudo"
[vi] Baudrillard - Sociólogo, poeta e fotógrafo francês vai debruçar o seu estudo sobre o impacto da comunicação e dos media na sociedade e cultura contemporâneas.
[vii] Cyberpunk é um subgênero da ficção científica, conhecido por seu enfoque de "Alta tecnologia e baixo nível de vida" ("High tech, Low life") e toma seu nome da combinação de cibernética e punk.- in wikipédia
[viii] Referência ao livro New Accents - subculture: The meaning of style - Hebdige, Dick
[ix] Paul Williams - músico e compositor norte-americano responsável por muitos exitos da musica pop na década de 70, também compôs musicas para filmes e séries televisivas, participando igualmente como actor.
[x] Expressão usada por 1984 William Gibson no livro Neuromancer
[xi] William Gibson (nascido em 17 de março de 1948) é um escritor de ficção científica considerado um dos pais do movimento lirico demoninado por neuroromantics e da literatura ciberpunk, as suas ideias e conceitos alastraram-se a contextos como a arte, a sociologia e a tecnica.
[xii] Michel Maffesoli (Graissessac, 14 de novembro de 1944) é um sociólogo francês, considerado como um dos fundadores da sociologia do quotidiano e conhecido por suas análises sobre a pós-modernidade, o imaginário e , sobretudo, pela popularização do conceito de tribo urbana. - in wikipédia
[xiii] Friedrich Nietzsche foi um filólogo e influente filósofo alemão do séc. XIX que marcou com os seus pensamentos uma profunda ruptura com certas convebções na cultura ocidental. Para a compreensão da cultura europeia ele irá basear-se em dois conceitos matriz: o Apolíneo e o Dionosiaco. Estes principios segundo ele regiam os impulsos vitais e os constrangimentos da razão. Fala também do eterno retorno e de toda a decadência da vida ocidental que conduziram a uma ausência de valores, o indeferentismo, o denominado niilismo.
[xiv] Jeff Mills nascido a 18 de Junho de 1963 é um DJ e produtor de techno da chamada velha guarda. Lançou o seu primeiro album em 1992 (Waveform Transmisssion - volume 1) e em 2010 o album The Occurrence; É um dos mais conceituados Djs a nível mundial e um excelente performer que marcou decisivamente para a evolução da musica electrónica em particular do Techno.
[xv] Jeff Mills & Montpelier Philharmonic Orchestra - The Bells - (http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=STpOak4iAJY#) o Dj e a orquestra filarmónica reuniram-se em 2006 e para além da gravação do album Blue Potencial actuaram também em palco, actuação na qual era difícil de distinguir se se tratava de um concerto ou de uma festa de música electrónica. É de facto de louvar a união de estilos tão distintos numa simbiose tão única, numa experiência, de facto, contemporânea.
[xvi] Richie Hawtin aka Plastikman nasceu na década de 70 e tornou-se num dos mais emblemáticos Djs da Techno music, em particular do Techno minimal, pelo seu estilo irreverente e pelas suas performances que marcam pela qualidade e pela diferença. As suas produções são muitas vezes combinadas com exposições em museus de arte contemporânea. É um verdadeiro entusiasta da musica electrónica e certamente o seu trabalho continuará a marcar as gerações vindouras de Djs e produtores.
Bibliografia
Lemos, André; Cibercultura - Tecnologia e vida social na cultura contemporânea; Editora Sulina
Heifetz, Robin Julian; On The Wires of our Nerves - The Art of Electroacoustic Music; Lewisburg, Bucknell University Press
Hebdige, Dick; New Accents, Subculture: The meaning of Style
Bennet, Andy and Kahn-harris, Keith; After Subculture - Critical Studies in Contemporary Youth Culture; Palgrave
Haraway, Donna J.; Simians, Cyborgs, and Women - The Reinvention of Nature; Free Association Books/London
Menezes, Flo; Música Electroacústica - História e Estéticas; Edsup
{MCMM - TM}