"“Know where” and “know who” are more important today that knowing “What and how”. An information rich world requires the ability to first determine what is important, and then how to stay connected and informed as information changes"
(Siemens, 2006)
O que aprendemos e como aprendemos sempre suscitou muita discussão e abordagens diversas. O termo em si não é facilmente definível, todavia, é certo que a aprendizagem implica alteração e aquisição de novos comportamentos, tal como mudança e compreensão de determinados factos ou realidades. Para Tavares e Alarcão a aprendizagem pode pode ser definida como uma “construção pessoal, resultante de um processo experimental, interior à pessoa, e que se traduz numa modificação de comportamento relativamente estável”.
Em suma, é o modo como adquirimos novos conhecimentos, desenvolvemos competências e alteramos comportamentos.
Os tipos de aprendizagem (convencional, tentativa erro, descoberta..) são tantos quanto os factores que afectam a mesma (físicos, cognitivos, afectivos, motivação, sociais..). As principais teorias de aprendizagem são: a teoria behaviorista, a teoria cognitivista, a teoria construtivista e mais recentemente (e ainda em acesa discussão) a conectivista.
Relembrando, no behavirismo a aprendizagem surge como uma resposta a um determinado estimulo, tornando a aprendizagem em algo passivo e que implicava a repetição de um determinado processo até o mesmo ser executado sem qualquer tipo de margem de erro. De notar que esta teoria dominou a aprendizagem do séc. XX e na qual transparece todo o mecanicismo vigente.
O cognitivismo vai se debruçar mais sobre as alterações ao nível do cérebro do individuo e na forma como o mesmo modela os precessos mentais durante a aprendizagem. Vem se contrapor ao behaviorismo uma vez que assume que a aprendizagem não é a mera resposta a determinados estimulos, o individuo reorganiza e interpreta a informação, ou seja, tem um papel activo e primordial no processo de aprendizagem.
O construtivismo, defendido por Jean Piaget e Lev Vygotshy, tal como o nome indica defende que a aprendizagem é algo que se vai construindo e desenvolvendo ao longo do tempo estando directamente relacionada com a interacção do individuo com o meio no qual está inserido.
A evolução da tecnologia e a sua entrada fulminante no quotidiano e em todos as áreas desta vida agitada do séc. XXI suscitaram novas discussões sobre os paradigmas de aprendizagens. Perdido nas hiperligações, nas redes sociais, nos blogs, fóruns, LMS (Learning Management System) e PLMS (Personal Learning Management System) o ser humano encontrou novas formas de aprendizagem que não se confinam a um espaço ou tempo. A informação é mais rápida e facilmente acedida, tal como as pessoas ou instituições possuidoras de know-how e dispostas a partilhar esse mesmo conhecimento. Desta forma, George Siemens juntamente com outros pensadores propõe uma nova teoria de aprendizagem para estes tempos digitais à qual denominaram por conectivismo, para os autores, a formação de ligações na imensa rede caótica e complexa da web promove a auto-organização e a aquisição e partilha de conhecimento, ou seja, a capacidade de aprender. De facto é notório, a relação do Ser humano com o conhecimento tem vindo a sofrer drásticas alterações. Por vezes é difícil, senão mesmo impossível, ter todo o conhecimento à priori para resolver um determinado problema, sendo necessário ter competências que permitam chegar e saber onde está esse conhecimento adicional, ou seja conhecer e saber lidar com as redes de conhecimento, analisar e avaliar a credibilidade das informações, estabelecer e relacionar conceitos estabelecendo desta forma um processo de aprendizagem continuo que se estende por toda a vida.
[MCMM | MGC | 2011]
"The acquisition and application of knowledge are fundamentally social acts."
[Richard F. Elmore]