what horrifies me most is the idea of being useless
well-educated, brilliantly promising, and fading out into an indifferent middle age.
Plath, S.

{random poetry #116}


[ Foram Breves e Medonhas as Noites de Amor ]

foram breves e medonhas as noites de amor
e regressar do âmago delas esfiapava-lhe o corpo
habitado ainda por flutuantes mãos

estava nu
sem água e sem luz que lhe mostrasse como era
ou como poderia construir a perfeição

os dias foram-se sumindo cor de chumbo
na procura incessante doutra amizade
que lhe prolongasse a vida

e uma vez acordou
caminhou lentamente por cima da idade
tão longe quanto pôde
onde era possível inventar outra infância
que não lhe ferisse o coração



[ Ofício de Amar ]

já não necessito de ti
tenho a companhia nocturna dos animais e a peste
tenho o grão doente das cidades erguidas no princípio doutras
            [galáxias, e
            [o remorso

um dia pressenti a música estelar das pedras, abandonei-me ao silêncio
é lentíssimo este amor progredindo com o bater do coração
não, não preciso mais de mim
possuo a doença dos espaços incomensuráveis
e os secretos poços dos nómadas
ascendo ao conhecimento pleno do meu deserto
deixei de estar disponível, perdoa-me
se cultivo regularmente a saudade de meu próprio corpo

Al Berto (1948-1997), in O Medo



"You mustn’t even think you won’t succeed - Whether you succeed or not is irrelevant - there is no such thing. Making your unknown known is the important thin - and keeping the unknown always beyond you - catching crystallising your simpler clearer version of life - only to see it turn stale compared to what you vaguely feel ahead—that you must always keep working to grasp - the form must take care of its self if you can keep your vision clear.
O'Keeffe, G. (1887-1986)




“…she is terrifying
with hands like silk and sandpaper
she is the place you go to sin
she is the place you go to repent…”


before Bu - after Bu





simplicity is a great virtue but it requires hard work to achieve it and education to appreciate it.
and to make matters worse: complexity sells better.”
Dijkstra, E.


the capacity to be alone is the capacity to love. it may look paradoxical to you, but it is not. it is an existential truth: only those people who are capable of being alone are capable of love, of sharing, of going into the deepest core of the other person - without possessing the other, without becoming dependent on the other, without reducing the other to a thing, and without becoming addicted to the other. 
Osho