perfer et obdura; 
dolor hic tibi proderit olim.
Ovid (43 BC - c. 18 AD), in Amores, Book III, Elegy XI

crescer no inferno também tem o seu (perverso) valor: criam-se anticorpos para os demais e surreais purgatórios; aprende-se que o limbo é um género de equilíbrio; e descobre-se que o céu, o divino e o amor encontram-se com paciência e atenção em todos os detalhes, no aqui e no agora.
na verdade, a ansiedade mais não é do que um tipo de tontura; a liberdade é uma distopia; a responsabilidade é obstinada; e a vida tem propriedades quânticas, rege-se por padrões e princípios de (in)certeza nas suas múltiplas e (in)finitas (im)possibilidades.
é preciso estar ciente que o rosa é uma cor, o preto é ausência e ninguém sabe ao certo como estes mecanismos de significados efetivamente se processam. tudo é tendencialmente discutível, inevitavelmente questionável e, indubitavelmente, carece de reflexão e de dispares abordagens de pensamento e perspectiva através das quais analisamos o que quer que seja, desde os átomos até às entranhas.
às vezes basta uma pergunta para anular todas as respostas encontradas. às vezes basta uma resposta para todas as perguntas fazerem sentido.