{ a strange calm (re-edited) }
yes, i'm calm, as the sea in a stormy day.
quiet as a dark foggy morning.
peaceful as the cold wind that howls outside,
reminding me there's something somewhere, somehow.
yes, i'm satisfied, as a hungry beast chasing dreams.
placid as poison, harmless as acid.
undisturbed by chaos of an unpredictable life,
resting on this endless edge, waiting for what doesn't arrive.
no, i won't give up.
>> There are some things you learn best in calm, and some in storm. <<
[ Willa Cather ]
"ainda não é o fim do mundo
nem o principio do mundo,
calma é apenas um pouco tarde."
[ A um Homem do Passado ]
Estes são os tempos futuros que temia
o teu coração que mirrou sob pedras,
que podes recear agora tão fundo,
onde não chegam as aflições nem as palavras duras?
Desceste em andamento; afinal era
tudo tão inevitável como o resto.
Viraste-te para o outro lado e sumiram-se
da tua vista os bons e os maus momentos.
Tu ainda tinhas essa porta à mão.
(Aposto que a passaste com uma vénia desdenhosa.)
Agora já não é possível morrer ou,
pelo menos, já não chega fechar os olhos.
in "Nenhum Sítio"
"mortos estamos todos.
a gente vê-se um dia por aí."
Manuel António Pina, o coleccionador dos afetos
(18 nov. de 1943 - 19 out. 2012)
{random poetry #38}
If you dissect a bird
to diagram the tongue,
you’ll cut the chord
articulating song.
If you flay a beast
to marvel at the mane,
You’ll wreck the rest
From which fur began.
If you assault a fish
To analyze the fin,
Your hands will crush
The generating bone.
If you pluck out my heart
To find what makes it move,
You’ll halt the clock
That syncopates our love.
[ Sylvia Plath in trio of love songs (3) ]
[ edges of nowhere ]
“I'd rather starve and live on the edges of nowhere
than do anything at all, than become anything labeled.”
"Then you work the 8 hour job with almost a feeling of goodness, like you’re doing something, and you get married, like marriage is a victory and you have children like having children is a victory, but most things people do are a total grind, marriage, birth, children, it’s something they HAVE to do because they have nothing else to do. There is no glory in it, no esteem, no fire, their lives are flat and the earth is full of them. Sorry, but thats the way I see it."
Bukowski, C.
"toda a propriedade se apropria do proprietário."
Agostinho Silva
o possessivo engole a individualidade
com a mesma avidez e sequiosidade com que é gregogitado,
deixando a nu a masculinidade putrefacta embrenhada em subserviência e
à merçê da precária e lamentável feminilidade com nuances de tirania e imperialismo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)
