social, eu?

Inato como respirarmos comunicar faz parte intrínseca da nossa natureza humana e social. Desta forma, é lógico e natural todo o conjunto de ferramentas e comunidades sociais que proliferam na web, um meio criado ele também para ligar, conectar e partilhar. O que se segue ou não se segue, o que se deve partilhar ou não, o uso das ferramentas deverá ficar ao critério de cada um. A magia da hiperligação, da referência, da agregação, da citação, da anunciação, da pesquisa e filtragem multiplicam as potencialidades e culminam numa experiência única e universal sobre toda a rede, na qual podemos imortalizar as nossas convicções e ideias e esperar que as mesmas contribuam para o evoluir do estado das coisas de uma forma positiva.

Mesmo que o "eu" prolifere e tenha diversas formas de expressão, ou mesmo posições antagónicas o que de facto interessa é que vamos explorando a nossa capacidade de comunicação e consequentemente melhorando-a, o que deverá, ou deveria... ser útil para de facto vivermos em sociedade. Conceitos como a democratização, a solidariedade, os direitos e deveres, a contribuição e importância de cada individuo e a força de vozes unidas e unissonas são os pilares fundadores deste tipo de redes.

Como exemplos temos Hi5, mySpace, LinkedIn, Facebook, Orkut, YouTube... o perfil é pois uma questão de imagem social e poderá ser privado ou publico. Claro que, deverá ser bem pensado e ponderado, até que ponto queremos partilhar a nossa informação pessoal e o que deverá ou não ser mantido na confidencialidade. E se por um lado asseguramos a nossa imortalidade temos que ver também que esta se poderá tornar num "cadastro", que não se apaga e é de eliminação difícil ou mesmo impossível. Para além dos perigos habituais como roubo de identidade, falsificação, ameaças, pedofilia e inconsciência pura e fútil bem como perseguição (existe muito tarado por esse mundo fora e mais além)...

Partilha de informação e conhecimento, busca de conteúdos, entretenimento, estilos de vida, divertimento e mesmo projecção pessoal são realidades levadas até ao infinito e potencialidades reais das redes sociais. Poderemos restringir o acesso apenas amigos, grupos ou à nossa rede. Poderemos gerir toda a informação como entendermos, filtrando e bloqueando conteúdos ou pessoas indesejadas. O FaceBook com os milhões de utilizadores que alberga como comunidade nos dias de hoje é inevitavelmente um espaço interessante e terreno fértil em termos comerciais, de marketing, sociais e comportamentais. O efeito na sociedade, no individuo e na relação do individuo com os seus pares ainda não é conhecido nem tão pouco previsível, é algo que termos que experienciar e tirar as nossas próprias conclusões.

Pensa nisso.

{¿Do You Networking?}

There is no solution, because there is no problem.

Irreverente como toda a sua obra, Duchamp, provoca com esta frase o seu característico desconforto de ideias que nos ficam a corroer a cabeça. Uma observação niilista e demasiado exacta. Se não existe solução, então não estamos perante um problema mas sim outro tipo de entidade. Teremos que lidar, não resolver. Não exageres, não desesperes. Despe-te de falsas teorias e sacode os preconceitos. Vê a vida como ela é: simples e fugaz. Quebra a rotina e observa. Guia-te por aquilo que és e por aquilo que pensas. Cria valores. Estuda, trabalha, desenvolve, goza, ACREDITA. Não tenhas medo e perde-te no absurdo.